A CRIANÇA ocupa no imaginário das pessoas como sendo a personificação da inocência, simplicidade, encantamento, bom humor, pureza, beleza e esperança. Um estado só comparável a Adão e Eva no jardim do Éden.
E os muito jovens são assim mesmo, cheios de energia, de confiança, espontaneidade, descontração, curiosos nas suas descobertas e incursões pelo Mundo, fascinados pelas possibilidades que ele oferece e o suficientemente destemidos, inexperientes e ousados para seguirem em frente e começarem a ter suas primeiras experiências.
Assim como os 4 Ases e os 4 Pagens (ou Princesas, Valetes, ou como quiserem chamar) do Tarot, a carta de número 13 do Baralho Lenormand (também conhecido como Baralho ou Tarô Cigano) podem representar, numa interpretação de uma tiragem desse oráculo, começos, estágios iniciais de qualquer projeto, ser principiante, um aprendiz, começar num novo emprego, começar como estagiário num escritório, abrir seu primeiro negócio (com a carta do Jardim poderia ser a inauguração, não é mesmo?), desenvolver uma nova ideia, perceber o aparecimento de novas oportunidades, dar os primeiros passos em sua carreira.
Na prática, a CRIANÇA também pode aparecer no jogo (lembre-se que tudo depende da posição dela e das demais cartas que a circundam) como uma promessa de gravidez, de surpresas agradáveis como, por exemplo, o reencontro com os amigos de infância. Mas também pode estar simbolizando a necessidade do Consulente se renovar, abdicando de atitudes e ideias preconceituosas, ultrapassadas, covardes, buscando livrar-se de um doentio apego ao Passado, libertando-se de esterótipos construídos (mal construídos, diga-se de passagem) através de comportamentos equivocados, descontrair e permitir-se, novamente, a liberdade. A liberdade de sonhar, imaginar, criar, vir a ser tudo o que quiser, coisa que as CRIANÇAS tão bem vivenciam.
Por um outro lado, essa mesma tão positiva carta também pode surgir quando existem alguns problemas de infância (traumas, abusos, etc) ainda não resolvidos, ou quando o Consulente tem um comportamento infantil, imaturo, rebelde, irresponsável, inconsequente, petulante, birrento e malicioso, propenso a atitudes completamente impensadas.
Também situações de invalidez ou dos portadores de necessidades especiais, onde há uma questão de vulnerabilidade e de dependência de um cuidador, podem ser vistas em determinadas combinações desta carta dentro de um jogo.
Se a pergunta que originou a tiragem se referir a locais, pode-se utilizar como um estímulo para a intuição, algumas possibilidades: maternidade, berçário, creche, jardim de infância, parque de diversões, escola, posto de puericultura, consultórios e/ou hospitais pediátricos, lojas de roupas ou de brinquedos para crianças, gibitecas, seção de livros, vídeos ou jogos dedicados ao público infanto-juvenil.
Mas há que se lembrar que essa lâmina também pode fazer referências a coisas pequenas, diminutas, leves e, é claro, à uma... CRIANÇA!
Lembrando sempre que esta postagem, como todas as demais feitas por mim, não pretende ser uma "regra", uma "fórmula" a ser copiada ou aceita, mas, simplesmente, a minha inspiração e conhecimento técnico, no momento da escrita, ao comentar alguns dos aspectos interpretativos da carta.
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